terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sérénité/Serenidad/Serenity/Sereniteit

Você vê todos a sua volta sorrindo, conversando, bebendo.
Em meio a um bar movimentado de subúrbio, de fato, um bar consideravelmente mais organizado e agradável do que se espera.
Sentado em seu próprio e discreto canto, encontra-se a observar, apenas observar. Mas qual outro fim o levaria a sentar em um canto tão afastado?
Via-os tão exaltados, alegres. Em outro canto uma jovem recebia uma cantada, deliciava-se por sentir-se tão desejada, sua vestimenta um pouco vulgar, mas nada em exagero, era somente para deixar-lhe a mostra mais de suas sinuosas curvas.
No bar um homem pede uma bebida, talvez já esteja um pouco alterado, mas nada de realmente perceptível. Lança um rápido olhar a jovem a ser flertada, provavelmente pensa em algo adorável ou talvez um pouco mais erótico, pois balança a cabeça com um leve sorriso nos lábios e leva o copo à boca, toma-a em apenas um gole. Levanta-se lentamente, caminha tanto quando, mas para, faltou-lhe a coragem, volta a sentar.
Pede mais doses, crê que de uma bebida forte, "tomando coragem", é possível que dissesse.
Não era um homem velho, deveria estar nos seus 38, 40 anos, a jovem deveria estar nos seus 20, 23. Romances assim estão comuns atualmente.
Percebe, ele fica perceptivelmente embriagado.
Chegou o momento, ele vai se levantar caminhar até ela, e agir como um... bêbado. Perdeu a chance.
Antes de ver o grande ato e vexame, joga algum dinheiro na mesa, sai pela porta, anda lentamente pela rua, tão movimentada e barulhenta, mas não é algo que te incomoda mais, então tira o molho de chaves do bolso e coloca na fechadura.

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