domingo, 26 de setembro de 2010

Madrugadas, estreladas ou não

Madrugadas, doces e límpidas madrugadas.
São aqueles momentos que nos oferece reflexões profundas e complexas.
O momento em que o sono invade nossas mentes e não conseguimos distinguir entre o real e o imaginário, entre o tocavel e o intocável.
Serenidade, ah! querida serenidade. Como gostaria de possuir-te sempre.
O instante em que existe a profusão de sentimentos e lembranças, mas a serenidade ainda existe.
Impressionante e cômico, me sinto comovido por tudo isto.
Meu céu, teu céu, nosso. Eu queria tanto poder dizer que vemos o mesmo, que apreciamos o mesmo.
Mas não sei dizer com certeza alguma, convicção alguma.
Meu céu pode ser escuro, aquele das noites sem lua, e as estrelas encontram-se apagadas pela quantidade exagerada e segura de luzes das cidades.
E o teu céu pode ser claro e coberto de estrelas.
E isto, muda tudo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pós-chuva

Caminha, passos, unidade, poças, barulhos.
O dia inteiro fora chuvoso, a noite era de uma doce ressaca, parecia que a esperança havia voltado com o passar da chuva.
O cheiro de pós-chuva sempre agradável.
Nariz, narinas, olfato, delicioso.
Crepúsculo, luz deixando lugar a escuridão, segura e terna.
Olhos, imagens, céu, sol, lua, estrelas.
A umidade havia feito um terrível estrago em seus cabelos, que pendiam nos ombros, isto era em que acreditava.
As luzes artificiais da cidade viam à tona.
Passos, largos, rápidos, distintos, esquina.
Parada na ponta da longa rua, estava a sua espera, a sombra.
Delgada, elegante, cabelos tão negros que contratavam de maneira fantasmagórica com seu rosto extremamente branco.
Mas o impulso veio.
Sorriso, felicidade, alívio, saudades.

domingo, 19 de setembro de 2010

Bem-vindos

Tão triste é perceber que estávamos apenas a observar nossas míseras vidas esvaindo-se diante de nossos olhos.
Eles se lubrificam, e nesses momentos nossa visão fica levemente embaçada, quando percebemos não podemos mais enxergar, tudo escureceu, simples assim. Tão simples que nos enfadonha e desespera. A luz deixara nossos corpos, deixara nossos olhos.
Bem-vindo à escuridão, ao desconhecido, ao mistério. Seja muito bem-vindo.