segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pureza

Discursos hipócritas, logo serão banalizados, destroçados.
Pisotearei-os eu mesmo, pessoalmente, sem injurias e cheio de determinação.
Minhas próprias palavras massacradas, por minhas mãos ou por as de qualquer outro.
Como posso dizer... Meus conceitos mudam, formatam-se, adaptam-se.
E querem saber? Isso é um grande poço de infortúnios.
Minhas palavras se tornaram mentiras, mentiras que me torturam, matam-me pouco a pouco, por que não?
Não posso fazer mais citações de meus queridos ex autores, ofenderia-os. Oh! sim, sairiam ofendidos.
Não julgo-me, muito menos quero que julgue-me.
Quero livrar-me da simples hipocrisia. Queria me ver livre de toda essas palavras malditas, falsas.
Quero me ver limpo, puro.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Não sei.

Seu canto, o ar mudava, tornava-se mais denso e palpável.
Seu olhar enchia tremendamente minha mente e a fraqueza se abatia sobre mim.
Nunca pensei que tal doce aroma chegaria a me afetar, atacar, apunhalar.
Sou tão fraco quanto qualquer outro mortal agora, perderei-me em uma difusa confusão, não saberei diferenciar entre eu e o vento, água, terra, seremos todos apenas um.
Penso se o canto da morte e seu olhar causariam tamanha sensação doce na língua e ponta dos dedos.
Sou apenas humano e toda essa sensação mostrou-me isto, não sou invencível e invulnerável, sou como qualquer outro que pode afetar-se.
Queria voar mas contento-me em ficar com os pés na terra, não havia me deparado com a morte como acreditei.
A sensação continua, e não sei dizer a que fim me levará, não se é a morte arrastando-me para o inferno ou céu, apenas não sei.