segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Au revoir

“Ato consciente de aniquilação auto-induzida, melhor entendido como uma enfermidade multidimensional em um indivíduo carente que define uma questão para a qual o ato é percebido como a melhor solução."
Hoje é como se fosse o fim, as coisas nunca foram tão não importantes, é como se tudo que se acreditasse esfarelasse. Sou de fato um ser perturbado e problemático. É incompreensível, eu sei.
Devo ser egoísta demais para me importar com outros. Sou uma farsa.
Minha identidade falsa esvai-se diante de meus olhos e aquela sensação de esgotamento se espalha por cada célula do meu corpo.
Sou demasiadamente raso para intimidar ou interessar alguém. As pessoas não se importam, não me vêem. Estou a um passo de mudar de casa, queria algo confortável e familiar, mas acredito que jamais será assim, não sou disso.
Trancarei-me nessa nova casa, mas dessa vez não quererei sair, eu sempre soube disso.
Não precisarei de janelas ou portas, na verdade, não as quero. A luz do exterior me cegará e fará com que eu sinta muita dor.
Sou agora apenas um fantasma que vaga diante de todos, mas as pessoas estão ocupadas demais para perceberem isto. Acho que chegou ao fim, o momento de despedir-me de fato e de uma vez, para sempre.
P.E.

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