sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pós-chuva

Caminha, passos, unidade, poças, barulhos.
O dia inteiro fora chuvoso, a noite era de uma doce ressaca, parecia que a esperança havia voltado com o passar da chuva.
O cheiro de pós-chuva sempre agradável.
Nariz, narinas, olfato, delicioso.
Crepúsculo, luz deixando lugar a escuridão, segura e terna.
Olhos, imagens, céu, sol, lua, estrelas.
A umidade havia feito um terrível estrago em seus cabelos, que pendiam nos ombros, isto era em que acreditava.
As luzes artificiais da cidade viam à tona.
Passos, largos, rápidos, distintos, esquina.
Parada na ponta da longa rua, estava a sua espera, a sombra.
Delgada, elegante, cabelos tão negros que contratavam de maneira fantasmagórica com seu rosto extremamente branco.
Mas o impulso veio.
Sorriso, felicidade, alívio, saudades.

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