sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Gritos

Procuramos diversas vezes distorcer o que sentimos, ouvimos, falamos.
O quão intenso é o sentimento da aceitação, faz com que mudemos hábitos, pensamentos, ideologias, imaginação, ações, movimentos, e, mesmo a própria vida.
Tornamos-nos cobertos de incertezas.
A cada momento uma nova convicção, um novo padrão, encaixe-se neles ou seremos massacrados por parte de nossa própria consciência que grita incansavelmente, palavras que embaçam nossos sentidos. Ficamos ali, parados, quietos e domados, sem poder escutar outra parte de nossa mente, que repete diversas vezes, como um suspiro, que devemos seguir o que queremos realmente, a nossa necessidade, o nosso ser, encontramo-nos surdos demais, exaustos demais.
E por exaustão ou talvez tédio pela árdua luta, rendemo-nos aos gritos.

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