quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Olhos

Seu olhar direcionava-se à janela, estava vago.
Conseguia-se enxergar seus pensamentos com a simples imagem, encontrava-se tão imerso neles, que poderia ser um pecado perturbá-lo.
Olhos poderiam se preencher de lágrimas.
A maneira que a luz entrara no recinto era tão bela, que se tornava difícil observar outra direção.
Ele estava ali, parado, belo e calado, com seus próprios devaneios e nada mais importava. Somente ele, a respiração e o cheiro. E como era maravilhoso o cheiro, tão límpido e quente.
O que restava para os simples observadores? Render-se às lágrimas que chegavam e embaçam suas visões, abaixar suas cabeças neuróticas diante do belo garoto de olhos sonhadores e pensamentos incomuns.

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